O português na África

viernes, 28 de enero de 2011

Em Angola e Moçambique, onde o português se implantou mais fortemente como língua falada, fala-se um português bastante puro, embora com alguns traços próprios, em geral arcaísmos ou dialetalismos lusitanos semelhantes aos encontrados no Brasil. A influência das línguas negras sobre o português de Angola e Moçambique foi muito leve, podendo dizer-se que abrange somente o léxico local.

Nos demais países africanos de língua oficial portuguesa, o português é utilizado na administração, no ensino, na imprensa e nas relações internacionais. Nas situações da vida cotidiana são utilizadas também línguas nacionais ou crioulos de origem portuguesa.

Essa convivência com línguas locais vem causando um distanciamento entre o português regional desses países e a língua portuguesa falada na Europa, aproximando-se em muitos casos do português falado no Brasil.


jueves, 13 de enero de 2011

A culinária brasileira

A culinária do Brasil é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, e de outros povos, indigenas e africanos. Muitas das técnicas de preparo e ingredientes são de origem indígena, tendo sofrido adaptações por parte dos escravos e dos portugueses. Esses faziam adaptações dos seus pratos típicos substituindo os ingredientes que faltassem por correspondentes locais. A feijoada, prato típico do país, é um exemplo disso.

Os escravos trazidos ao Brasil desde fins do século XVI, somaram à culinária nacional elementos como o azeite-de-dendê e o cuscuz. As levas de imigrantes recebidas pelo país entre os séculos XIX e XX, vindos em grande número da Europa, trouxeram algumas novidades ao cardápio nacional e concomitantemente fortaleceu o consumo de diversos ingredientes.

A alimentação diária, feita em três refeições, envolve o consumo de café-com-leite, pão, frutas, e bolos, no café-da-manhã, feijão com arroz no almoço, refeição básica do bras
ileiro, aos quais são somados, por vezes, o macarrão, a carne, a salada e a batata e, no jantar, sopa e também as várias comidas regionais.

As bebidas destiladas foram trazidas pelos portugueses ou, como a cachaça, fabricadas na terra. O vinho é também muito consumido. A cerveja por sua vez começou a ser consumida em fins do século XVIII e é hoje uma das bebidas alcoólicas mais comuns no país
.

Poesia

miércoles, 12 de enero de 2011

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.

Você sabia...?


Você sabia que as letras K, W e Y agora são letras do alfabeto português? Elas são usadas apenas em siglas, símbolos e em palavras de origem estrangeira.



BUMBA-MEU-BOI

Bumba-meu-boi, boi-bumbá ou pavulagem é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno da morte e ressurreição de um boi. Hoje em dia é muito popular e conhecida.
A festa do Bumba-meu-boi, uma tradição que se mantém desde o século XVIII, arrasta maranhenses (habitantes do estado de Maranhão) e visitantes por todos os cantos de
São Luis, nos meses de junho e julho.
O enredo da festa do Bumba-meu-boi resgata uma história típica das relações sociais e econômicas da região durante o período colonial, marcadas pela monocultura, criação
extensiva de gado e escravidão. Numa fazenda de gado, Pai Francisco mata um boi de estimação de seu senhor para satisfazer o desejo de sua esposa grávida, Mãe Catirina
, que quer comer língua de boi. Quando descobre que o animal desapareceu, o senhor fica furioso e, após investigar entre seus escravos e índios, descobre o autor do crime e obriga Pai Francisco a trazer o boi de volta.
Pajés e curandeiros são convocados para salvar o escravo e, quando o boi ressuscita urrando, todos participam de uma enorme festa para comemorar o milagre.


Faça click para ver matéria do Bumba-meu-boi

Insegurança

lunes, 10 de enero de 2011



CAPOEIRA

Raízes africanas

A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (faze
ndas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro.

No Brasil

Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarç
ada de dança.



Instrumentos musicais usados na capoeira


Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.
A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física.

Origem das Festas Juninas

jueves, 6 de enero de 2011

Uma das maiores festas do Brasil e que se comemora no país inteiro são as Festas Juninas.

Fogueiras, bandeirinhas coloridas, fogos de artifício, comidas típicas (como pé-de-moleque, pipoca, quentão), xote, xaxado, baião... as festas juninas (Santo Antônio - dia 13 de junho, São João - dia 24 de junho e São Pedro - dia 29 de junho) têm sua origem ligada à fertilidade da terra, antecedendo até mesmo o nascimento de Jesus Cristo. Os festejos, trazidos para o Brasil pelos portugueses, são o resultado da junção de cultos pagãos de louvor à terra e ao nascimento de São João, um santo católico.

As fogueiras, um dos marcos destas festividades, têm seu formato variado, a depender do santo homenageado: a de São João é redonda, a de São Pedro, triangular e a de Santo Antônio quadrada.

Mesmo com o passar de tantos anos, não somente a celebração da fertilidade, mas também as oferendas continuam nos dias de hoje; contudo elas foram modernizadas. A primeira é representada pelo casamento na roça, um teatrinho bastante comum nas festas juninas.
Após o casamento, que deve começ
ar com o desfile dos participantes do teatrinho, é realizada a quadrilha. Já as segundas foram "substituídas" por simpatias e pedidos feitos aos santos homenajeados

A quadrilha, cuja origem é francesa, foi trazida para o Brasil pela corte portuguesa. A dança folclórica acabou sendo um marco também das nossas festas juninas, principalmente entre as crianças.